MOËT CHANDON.
Sairam do restaurante vagabundo, já meio chapados, aliás já chegaram meio chapados, vinham chapados nos últimos dias.
As pessoas chamam isso de "Festas".
Tropeçaram na rua, torceram os pés.
Edema de tornozelo indolor.
Nada que os impedisse de continuar andando.
Rua acima.
Otários sérios com suas tias & galinhas assadas passando pelo casal.
( O casal existe. )
Entraram cambaleantes doidos azucrinados
no EMPÓRIO .
E viram as garrafas chiques.
Apesar dos bolsos já vazios e sujos.
Ela de saia, ele de jeans.
Jeans de bolsos sujos e tênis de cor indefinida entre o
lixo pisado e as pérolas nas amarras.
( O casal gosta de grudar pérolas na angústia. O casal existe.)
E estava lá a garrafa mais chique, grandona, brilhante, de troféu F-1.
MOËT CHANDON...MOËT CHANDON...MOËT CHANDON,
como um mantra inventado desde 1743,
numa França que ainda não conhecia a baboseira
de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Numa França ainda de gente nobre, que ligava ligações perigosas.
( O casal entrava em momentos de silêncio em suas vidas. O casal existe.)
E o cara então pergunta, trazendo sua garota mais pra si :
- Aí , velho, quanto custa essa garrafa ?
- Mais do que você pode pagar, menino.
- Pois dá três .
- Mostra a grana.
Beijou a boca dela, tirou do bolso sujo um monte de papel amassado.
O velho contou e dava .
Era o que lhes restava para todo o fim do mês.
Mas riam até babar no chão do EMPÓRIO.
( O casal ria muito, quando vencia o silêncio. O casal existe.)
E foram pra casa. Uma casa amarela, pois assim dizia a numerologia.
E ficaram nus.
("The Embrace",1903,Pablo Picasso)
Silêncio era sorriso.
Ela se deitou.
Ela abriu as pernas.
Ele abriu a garrafa.
A garrafa já vinha gelada.
A rolha trepidou paredes amarelas.
Ela abriu o cálice pelúcido que trazia no meio das coxas.
Ele derramou MOËT CHANDON e o mantra ali dentro.
Ela levantou as pernas abertas para o teto.
Ele abaixou a boca.
Ele bebeu.
E quanto mais bebia, mais colocava língua e espuma.
Dentro, adentro, bem dentro.
( Simplismente. O casal existe.)
O Cálice Pelúcido.
O Gole nada Graal.
Noite longa e chapada.
O Brinde Feito Gozo e Gemido.
E ainda
restavam
mais
duas
garrafas.
beijos.
Paulo Castro.
PS : ATENÇÃO GENTE >> Criei um grupo Yahoo pro Literatura Corporal. Gostaria muito que todos que curtem esse espaço de LIBERDADE na escrita fizessem parte.
Basta mandar um e-mail em branco para o seguinte endereço :
literaturacorporal-subscribe@yahoogrupos.com.br
A idéia do projeto é trocarmos experiências textuais delirantes e publicar os textos ( devidamente creditados, obviamente), aqui, para que o povo todo possa ler, curtir, se incomodar, ter prazer, fúria, sentimentos fortes.
Ok ? Encontro vocês lá .
As pessoas chamam isso de "Festas".
Tropeçaram na rua, torceram os pés.
Edema de tornozelo indolor.
Nada que os impedisse de continuar andando.
Rua acima.
Otários sérios com suas tias & galinhas assadas passando pelo casal.
( O casal existe. )
Entraram cambaleantes doidos azucrinados
no EMPÓRIO .
E viram as garrafas chiques.
Apesar dos bolsos já vazios e sujos.
Ela de saia, ele de jeans.
Jeans de bolsos sujos e tênis de cor indefinida entre o
lixo pisado e as pérolas nas amarras.
( O casal gosta de grudar pérolas na angústia. O casal existe.)
E estava lá a garrafa mais chique, grandona, brilhante, de troféu F-1.
MOËT CHANDON...MOËT CHANDON...MOËT CHANDON,
como um mantra inventado desde 1743,
numa França que ainda não conhecia a baboseira
de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Numa França ainda de gente nobre, que ligava ligações perigosas.
( O casal entrava em momentos de silêncio em suas vidas. O casal existe.)
E o cara então pergunta, trazendo sua garota mais pra si :
- Aí , velho, quanto custa essa garrafa ?
- Mais do que você pode pagar, menino.
- Pois dá três .
- Mostra a grana.
Beijou a boca dela, tirou do bolso sujo um monte de papel amassado.
O velho contou e dava .
Era o que lhes restava para todo o fim do mês.
Mas riam até babar no chão do EMPÓRIO.
( O casal ria muito, quando vencia o silêncio. O casal existe.)
E foram pra casa. Uma casa amarela, pois assim dizia a numerologia.
E ficaram nus.
("The Embrace",1903,Pablo Picasso)
Silêncio era sorriso.
Ela se deitou.
Ela abriu as pernas.
Ele abriu a garrafa.
A garrafa já vinha gelada.
A rolha trepidou paredes amarelas.
Ela abriu o cálice pelúcido que trazia no meio das coxas.
Ele derramou MOËT CHANDON e o mantra ali dentro.
Ela levantou as pernas abertas para o teto.
Ele abaixou a boca.
Ele bebeu.
E quanto mais bebia, mais colocava língua e espuma.
Dentro, adentro, bem dentro.
( Simplismente. O casal existe.)
O Cálice Pelúcido.
O Gole nada Graal.
Noite longa e chapada.
O Brinde Feito Gozo e Gemido.
E ainda
restavam
mais
duas
garrafas.
beijos.
Paulo Castro.
PS : ATENÇÃO GENTE >> Criei um grupo Yahoo pro Literatura Corporal. Gostaria muito que todos que curtem esse espaço de LIBERDADE na escrita fizessem parte.
Basta mandar um e-mail em branco para o seguinte endereço :
literaturacorporal-subscribe@yahoogrupos.com.br
A idéia do projeto é trocarmos experiências textuais delirantes e publicar os textos ( devidamente creditados, obviamente), aqui, para que o povo todo possa ler, curtir, se incomodar, ter prazer, fúria, sentimentos fortes.
Ok ? Encontro vocês lá .